SIBO: Sofre de inchaço abdominal, gases e diarreia?

O que é o SIBO?
O SIBO (Small Intestinal Bacterial Overgrowth) é um sobrecrescimento de bactérias no intestino delgado, cuja concentração é habitualmente baixa, causando barriga inchada, gases, diarreia, entre outros sintomas.

O que causa?
Sugere-se que alterações anatómicas e dos movimentos do intestino delgado possam estar na origem da permanência dos alimentos no intestino, formando assim um “terreno fértil” para o desenvolvimento de bactérias.

Quais são as complicações decorrentes?
– Má absorção de gorduras, proteínas e hidratos de carbono. Os sais biliares, responsáveis por digerir as gorduras no intestino, são decompostos pelas bactérias, prejudicando a digestão das gorduras e consequentemente originando diarreia. Também a parede do intestino delgado (mucosa) fica danificado devido aos produtos produzidos pelas bactérias, resultando numa má absorção de hidratos de carbono e proteína.
– Deficiência de vitaminas. As vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), ou seja, as solúveis na gordura, devido à absorção incompleta das gorduras, podem levar à sua deficiência. Também a absorção de vitamina B12 fica comprometida.
– Osteoporose. Os danos no intestino, causado pelo crescimento anormal de bactérias pode também conduzir à má absorção de cálcio, o que por sua vez origina problemas ósseos como osteoporose.

Existe tratamento?
Sim, com antibióticos, visando a erradicação das bactérias, assim como por via alimentar.

De que forma a alimentação pode ajudar?

  1. Corrigindo deficiências acima descritas.
  2. Adoptando uma alimentação pobre em hidratos de carbono fermentáveis de cadeia curta (dieta dos FODMAPs), o que leva a uma melhoria significativa dos sintomas. Alguns desses alimentos a excluir são: lacticínios, maçã, pêra, pêssego, feijão, grão-de-bico, lentilhas, couve-de-bruxelas, repolho, brócolos, espargos, trigo, centeio, cevada, alho, cebola, pistachos e adoçantes.

Como vê, muitos dos alimentos a restringir são alimentos saudáveis e nutricionalmente importantes, não sendo por isso recomendável fazer sozinho, nem sem a avaliação prévia de um profissional de saúde. Para além de que há listas disponíveis na internet com informação contraditória e/ou incorrecta.
Reforço ainda que não é uma dieta para uma pessoa saudável e sem sintomas.
Tanto o tratamento farmacológico como a alteração alimentar, não prescindem do acompanhamento de um profissional de saúde.